terça-feira, 11 de março de 2014

Tempo





Ontem,
trevos de quatro pontas
transcendiam do terreiro.
Tudo tem tempo.


Tardes de brincadeiras,
trovas trocadas, textos do poetinha.
Fada do dente, dinheiro de verdade,
mentirinha.


Terra dourada, despida de tristeza.
Tico-tico tagarelando, boniteza.


Do degrau da escadinha,
trampolim pra triunfar.
Dia a dia divertido,
tique-taque a dedilhar.
Tudo tem tempo.


Até que em diferentes territórios,
tantos temas a destoar.
Em terras do sudeste, toc-toc-toc.
Aprender a disputar.


Então domingos de tomara,
Tonturas, contraste. 
Trocadilhos de cordel,
estrada tortuosa, desastre.


E o tudo,
depois do tempo,
trouxe um temível talvez.


Atada,
talvez tanto,
talvez tudo,
talvez nada.